o mar do poeta

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quarta-feira, agosto 11

BELEZAS RARAS DO NATURISMO ALENTEJANO


Quase sem se dar por isso, o naturismo vai ganhando espaço nas praias do Litoral Alentejano. Não só nos areais propriamente ditos, onde cerca de cinco mil pessoas praticam a tal modalidade despida de preconceitos, mas também na chamada “secretaria”. O tema tem sido acarinhado pelos partidos políticos e até as próprias autarquias são a primeiras a quererem alargar a malha para responderem à crescente procura.

Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira estão entre os municípios do país mais interessados em aumentar o número de praias naturistas, quando se sabe que neste momento o país se encontra “estagnado e não há ninguém em Portugal interessado em investir nesta prática, o que obriga os naturistas, portugueses e estrangeiros, a procurarem outros países", segundo Rui Martins, presidente da Federação Portuguesa de Naturismo.

Recorde-se que no Litoral Alentejano existem apenas duas praias oficiais para quem pretende praticar nudismo, embora não faltem autênticos paraísos a descobrir para o contacto director com natureza, longe das designadas “zonas têxteis”.

Quem conhece o melhor da região para o mais puro naturismo até arrisca a fugir por instantes das praias oficiais para a modalidade, para “mergulhar” na praia do Monte Velho, lá para os lados de Santo André (Santiago do Cacém), a sul da célebre Lagoa. Basta caminhar para sul da zona concessionada que encontrar um areal dourado.



É muito bom, do melhor que temos em Portugal para o naturismo. Tranquilo e com acessos muito fáceis”, avalia Paulo Serra, um praticante com uma experiência de quase 20 anos, que há uma década celebrou nu o seu próprio casamento, com alguns dos convidados, após o “sim”, embora a noiva tivesse optado pela discrição, limitando-se a descalçar para molhar os pés em pleno Janeiro. “Não gosto muito de expor a minha vida privada, mas sempre digo que é um mundo à parte poder estar ali em contacto com o sol e com a água.”

Mais a norte, eis que se ergue a praia da Comporta, mas para sul da zona a que os nudistas chamam de “têxtil”. Sem ser tão discreta como o Monte Velho, depois da procura dos últimos anos, Paulo Serra também dá nota de “excelente” às condições oferecidas. “Não falta nada, porque temos sempre a zona concessionada ali perto.”

Já mais sul, a praia da Aberta Nova, tem sido palco de nudez para muitos espanhóis, que descobriram este destino de há cinco anos a esta parte, apesar da oferta hoteleira não ser generosa. “Vale mesmo a pena visitar esta praia, apesar do percurso não ser o seu maior atributo”, afirma o nosso “guia naturista”, alertando que o extenso areal, com poucas pessoas, justifica o esforço, já que pela frente o turista vai encontrar uma praia quase no seu estado selvagem, por entre uma paisagem que combina mar, dunas e pinhal.
Há por ali um simpático parque de merendas, que convida a levar um “lanche” de casa. Seguindo para sul, rumo a Sines, Porto Covo também oferece um espaço para a nudez, na praia que em frente a Ilha do Pessegueiro, a tal que Rui Veloso cantou e que proporciona uma paisagem singular. Mas atenção: à direita fica a “praia têxtil”, pelo que é preciso subir o morro à esquerda e chegar a um lajeado com pequenas praias de areia entre os cortes na rocha.


Fonte - Jornal Diário do Sul
Pelos vistos, e com a crise que se vai vivendo em Portugal, o melhor é ir gozando-se a vida, os Alentejanos esses, para tirarem a roupa não são preguiçosos.

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