o mar do poeta

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quinta-feira, maio 14

CHEGADA DOS PORTUGUESES


  • O primeiro português a mencionar os siameses foi Álvaro velho, companheiro de Vasco da gama na sua primeira viagem à Índia (1497-98). No Roteiro da Viagem de Vasco da Gama, que lhe é atribuído, diz ele que obtiveram informação do Sião por meio dum árabe, chamado Xarnaus: - o rei ( que era então Ramatibodi II), podia reunir 20 000 soldados, 4 000 cavalos e 400 elefantes; os árabes levavam benjoim e aloés do Sião para outros países; o rei do Sião era cristão e o seu reino era de cristãos.
  • Tenasserim era também um reino de cristãos e o seu rei podia convocar uma força de mil homens e 500 elefantes.
  • Foi durante o reinado de Ramatibodi II (1491-1529) que os portugueses entraram em contacto como o Sião.
  • Diogo lopes de Sequeira chegou a Malaca em 1509, mas teve de se retirar para Goa devido à atitute hostil dos malaios, deixando lá 19 portugueses cativos, entre os quais Rui de Araújo, Duarte Fernandes e João Viegas. Um destes escreveu a 6 de Fevereiro de 1510 uma carta a Afonso de Albuquerque informando-o de que o rei de Malaca andava em guerra com o rei do Sião que possuía vastos territórios e muitos portos.
  • Em 1511, Afonso de Albuquerque apresentou-se em Malaca e, durante o cerco da cidade, considerando que será para bem de Portugal continuasse a desenvolver o seu comércio em paz, determinou assentar paz com os seus vizinhos, enviando Duarte Fernandes ao Sião.
  • Frederico Pereira escreve: "No que diz respeito à tomada de Malaca, as relações entre Portugal e Siam caminhavam de comum interesse. Porém algusn reveses sucederam aos primeiros ímpetos de glória e, entre outros prisioneiros, Simão Rangel é vendido em leilão e comprado por um mouro que o conduziu a Meca. Um fidalgo siamez que estava ao serviço de Malaca ficou cativo dos portugueses, a quem o pae do dito fidalgo resgatou em 1518, dando uma nau carregada de mantimentos".
  • José Júlio Gonçalves copia: "Curiosamente, neste mesmo ano (1518), por razões que ignoramos, um fidalgo siamês foi aprisionado pelos portugueses, e enclausurado em Malaca, tendo sido resgatado por seu pai em 1518.
  • O Dr. Joaquim Campos, que foi beber às fontes, corrige e esclarece: "Nesse tempo (1518), em que tão excelentes relações existiam entre Sião e os Portugueses, um dos filhos do rei Rama Tibodi II combatia no exército do antigo Sultão de Malaca, chamado Sultão de Bintang, que tinha fortificado em Muar, a umas 25 milhas de Malaca, e causava transtorno ao comércio português.
  • Os portugueses assaltaram o reduto de Muar, tomaram sessenta canhões e muitas peças e capturaram algusn prisioneiros. Entre estes prisioneiros achava-se um prícipe siamês, cujo nome não é mencionado nem por Correia nem por Castanheda.
  • Quando os portugueses o reconheceram, trataram-no com todas as honras devidas à sua posição e enviaram-no a seu pai que, como testemunho de gratidão, remeteu aos portugueses um junco carregado de mantimentos.
( artigo extraído do livro Portugal da Tailândia de P. Manuel Teixeira)

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