o mar do poeta

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sexta-feira, fevereiro 20

PUKTIEN - PETCHABURI



No dia 13 de Fevereiro de 2006 é feriado nacional na Tailândia e como tal as escolas também encerram, dia 13 este ano calhou numa segunda-feira o que deu um fim de semana prolongado.

Por esse motivo pensá-mos em ir passar esses dias a beira mar e para tal optámos pela zona de Petchaburi, que tem igualmente bonitas praias, em vez da já super visitada Pattaya.
Eram volvidos já muitos anos da última vez que tinha andado por aquelas bandas e as coisas por lá certamente estariam diferentes para melhor, através da net procura-mos alojamentos na praia de Cha Am e Hua Hin, mas nada nos agradou, por fim escolhe-mos o Puktien Cabana Beach Resort, na exótica praia de Puktien, perto da cidade de Petchaburi.
Petchaburi é uma antiga cidade com um longo historial e foi usada pelos Reis Rama IV, Rama V e Rama VI os quais edificaram lá três magestosos palácios no cimos das montanhas.

Reza a história, e provam alguns historiadores, que os povos começaram a habitar esta região no período de Dvarvati ou seja entre 1 600 e 1800 anos antes de Cristo.
Durante os periodos de Sukhothai, 1238-1317 e de Ayuttaya até 1767, Petchaburi era já uma importante cidade, estratégicamente e bem fortificada militarmente para impedir o avanço das tropas birmanesas.
Alguns historiadores afirma que Petchaburi é o nome original da cidade, e teve origem no rio Petcha que banha a cidade.
Petchaburi fica na região Central da Tailândia e situa-se na parte Oeste do gulfo da Tailândia ocupando uma áera de 6 225,138 Kms quadrados e faz fronteira com a República Socialista da União do Myammar, antiga Birmânia e dista de Bangkok, pelas modernas auto estradas, cerca de 170 kms.

Seriam por volta das 09.30 horas, do dia 12, que inicia-mos a viagem para a povoação de Puktien, desta vez não nos engana-mos na saída de Bangkok, visto a nossa filha mais velha conhecer o percurso por isso seguimos primeiro para a zona de Ding Daeng e dali seguimos pela auto estrada aérea até a bonita ponte Rama VI que atravessa o rio Chao Phaya e lá seguimos pela auto estrada até à cidade de Petchaburi.

O movimento de tráfego era muito mas nós nas calmas lá seguia-mos ao mesmo tempo que ia-mos apreciando a paisagem.
Fomos encontrando de tudo um pouco, desde uma rudimentar viatura, sem matrícula circulando na auto estrada até vendedores na berma da via oferecendo os seus produtos na sua maioria peixe salgado e sal, podendo-se ver também as vastas salinas e aí eu me recordei das horas que havia passado dentro delas quando estive na tropa em Tavira e em Aveiro.
Parámos numa loja do 7 Eleven e ali nos abastecemos de algumas bebidas, prosseguindo depois a viagem.

Chegados a cidade vimos tranquilamente passeando pelas artérias imensos macacos vindos da estrada que dá acesso ao Palácio Maruekkhathayawan, mandado construir pelo Rei Rama IV no ano de 1860 e que eu tive oportunidade de o visitar na minha primeira ida aquela cidade e que descrevo na crónica Bangkok – Petchaburi, um passeio giro cheio de peripécias engraçadas.
Desta vez não o fomos visitar, pois para o fazer-mos necessário seria parcar a viatura num dos parques da cidade e ter que caminhar a pé até ao cimo da montanha e ir bem atento aos milhares de macacos que por lá existem e que sempre prontos estão para nos roubarem ou nos morderem.

Parámos somente para indagar qual o melhor e mais curto caminho que iria dar a Puktien, depois de informados proseguimos e dentro de alguns minutos lá fizémos o desvio que nos levaria ao nosso resorte, tinha-mos percorrido 177 kms desde que havia-mos saído de casa, em Bangkok.

Esta a placa indicativa do nosso resorte que estava somente escrito na lingua tailândesa, mas que se chamava Puktien Cabana Beach Resort e que era um lugar super aprezível.
Por sorte conseguimos um parque e lá estacionamos a viatura. Dirigi-me para a recepção e lá fiz o meu chek-in, recebi as chaves dos bangalós que pensavam terem ligação entre si mas afinal eram dois bangalós separados, indagando junto da gentil funcionária fiquei a saber que todos os outros estavam ocupados, como tal ficámos com os que nos tinham sido atribuidos.

Os dois bangalós onde ficámos e distavam somente alguns metros das águas do mar.
Alojamentos bem espaçosos e originais onde nada faltava.

Depois de arrumar-mos as bagagens e tomar-mos um banho fomos até ao restaurante, que ficava ali mesmo ao lado onde almoça-mos, pois estava bem na hora e nossos estomagos pediam já algum alimento.
O restaurante era igual bem típico e tinha uma ementa muito variada os preços esses os achei até baratos, devido ao local onde nos encontrávamos.

Não foi dificil escolher os pratos e pedimos de tudo um pouco ao agrado de todos.

Uma cerveja de 0.75 mais quatro garrafas de água e um café, e este pequeno banquete ficou apenas por 1.135 baths ou sejam 22 euros e 70 céntimos.

Depois de bem comidos o pessoal quis ir descansar e eu, curioso como sempre fui dar uma volta pelo vasto resorte e tirar algumas fotos que irei inserir nesta página.

Ainda chamei o pessoal para ir-mos dar uma volta pela praia, pois a achava muito interessante, mas preferiram ficar nos quartos vendo tv, e eu lá fui caminhando pelo aeral que na altura estava repleto de pessoas, algumas mais afoitas nadavam, outras faziam piquenique junto de suas viaturas ou utilizavam os serviços dos muitos restaurantes ali existentes.
Na praia havia igualmente alguns cavalos que pela quantia de 50 baths se podia dar uma volta por todo o areal.
O mais original e que me impressionou foi uma enorme estátua e um pequeno mosteiro no mar e mais ao longe uma estrutura que não era mais que uma enorme tartagura tudo isto lá bem dentro do mar e que alguns nadadores iam até lá, diziam dar sorte.

Estas as imagens que me impressionaram, mas havia ainda mais algumas que irei ilustrar mais ainda nesta crónica.


Vinha eu já de regresso aos quartos quando o restante familiar se dirigia para a praia e lá fui de novo dar mais uma volta com elas e novamente tirar mais algumas fotos, umas delas defronte da estátua gigante, outras minhas filhas andando a cavalo.

E como o almoço parecia ter sido fraco para as miúdas, tiveram ainda que comprar mais algumas comidas entre elas uma salada de papaya e alguns preparados de peixe, ali por perto estava um casal já bem bebido pelo que pude ver pelas garrafas de cerveja já consumidas.

A tarde estava cinzenta, caía uma chuva miudinha e o vento ia aumentado de intensidade, condições estas nada agradáveis para se andar a passear na praia pelo que revolvemos regressar ao resorte, mas antes reparei numa moradia que tinha no seu jardim esta carroça puxada a vacas e cuja foto inserido.

As miúdas foram para os quartos eu continue dando umas voltas pelo resorte pois havia muito para ver, toda aquela beleza não podia desprezar mas sim dela disfrutar.

Coisas bonitas que fui encontrando por algumas partes dos vastos jardins.
As miúdas duas delas não quiseram jantar, pudera com aquele bruto almoço e um avantajado lanche já não tinha barriga para meter tanta coisa, pelo que fui eu e minha companheira tratar do estômago e o fizémos no mesmo restaurante do resorte, embora não tivésse lá muita fome mas teria que ir com alguma coisa no bucho para a cama.
O prato escolhido para o jantar foi uma coisa leve, um peixe frito que estava saborozissimo

O tempo estava desagradavél e regressámos aos quartos, as vagas eram alterosas e água do mar quase chegava à porta de nossos quartos.
Habituado às coisas marítimas, pois passei muitos anos embarcado, a minha mente não descansava direito pois pensava no tsunami que tinha devastado as belas praias no sul da Tailândia e outros países, por isso mal dormi com o barulho das vagas batendo nos rochedos mesmo defronte do nosso quarto.

Ao outro dia de manhã bem cedo me levantei o mar continuava alteroso e eu por descuido, quando ia tirar umas fotos do salão do restaurante fui apanhado por uma dessas vagas tendo tomando um banho bem salgado, tendo que ir tomar um outro banho e mudar de roupa, depois fomos tomar o pequeno almoço e como o tempo continuava mau resolvemos ir dar um passeio até Cha Am uma outra estância turistica que distava dali cerca de uns 28 kms.

Arruma-mos a bagagem e demos uma ligeira limpeza à viatura e pudemos ainda dar um curto passeio pelos jardins antes de dali sair-mos.

Pelo caminho fomos apreciando os vastos campos e os grandes palmares e impressionados ficámos quando visioná-mos um mosteiro, coisa rara, pois tantos são os que existem por este imenso país, mas este nos chamou mais a atenção pela sua forma de navio, como podem ver na foto a seguir inserida.

Era um mosteiro enorme, ainda tentámos ir visita-lo mas tinha as portas fechadas, só depois repará-mos haver alguém por lá mas já não voltamos atrás.
Tirei sim uma foto da entrada do mesmo, na qual estava colocada a roda da justiça e uma imagem de Buda.

cheiro era agradável mas estávamos ainda com a barriga bem cheia Dali seguimos então até Cha Am, logo à entrada da vila encontra-mos imensos restaurantes cujos empregados estavam empenhados a assar frangos e leitões, odo pequeno almoço, ficaria para a volta ali tomar-mos o almoço.
Turistas eram imensos passeando pelas avenidas à beira mar ou circulando de bicleta dupla ou tripa.
A praia esta era muito mais extensa do que aquela onde tinha-mos pernoitado, o mar apresentava-se mais calmo e havia muita gente nadando.
Havia hóteis e pensões por todo o lado o negócio era intenso bem como as viaturas.

Já não me recordava da praia, tantos anos tinham passado já, tinha uma melhor imagem da praia de Hau Hin. Comprei alguns postais e tirei uma foto junto a uma das bicicletes triplas, demos uma volta em redor da praia e preparámo-nos para fazer a viagem até a cidade de Petchaburi.

As miúdas não quiseram comer galinha nem tão pouco leitão, compramos apenas alguma fruta entre ela umas bananas, raras, de cor vermelha.

Depois nas calmas seguimos para a cidade de Petchaburi, toda aquela zona tem imensos palmares e um tipo de fruta tipico daquela região chamada Rose Appel, em português Jamboeiros, e muitos agricultures aproveitam para à beira da estrada vender os seus produtos.

Foi numa dessas banca que parámos e comprámos uma garrafa de sumo de palma, algumas mangas e também uns quilos de Jambeiros, Syzgium Malacensis, umas de cor esverdeada outras de cor rosada, fruta esta que tem um paladar parecido com as nossas maças e que comidas fescas ou em compota tem a carecteristica de aliviar as dores de cabeça e é bom contra o catarro e a tosse.
Frutas exóticas que também existem no Brasil e por toda a Ásia.

E como referi sendo aquela zona muito rica em palmas do seu fruto se pode extrair açucar e óleo, sendo as suas madeiras usadas para o fabrico de todo o tipo de móveis e confecionados os mais variados tipos de doçarias, bolos e sumos, bem como a sua fruta comida fresca é muito saborosa.

Muitas são as lojas que vedem algumas dessas especialidades e ao longo das bermas das estradas se podem verem reclames gigantes fazendo propaganda a essas mesmas lojas.

Nós parámos numa dessas lojas, os parques estavam repletos de viaturas e muitos autocarros de excursões, com pessoal de cidades com Yala bem ao sul do país ali se encontravam efectuadam compras.
Eram muitas as lojas e grande era a variedade de produtos à venda, na sua maioria doces e todos eles feitios e paladares. Todos confecionados à base do fruto da palma, mas havia igualmente muitos mariscos secos entre eles camarões e lulas.

Foi neste local chamado Mae Kim Lan que fizémos ainda algumas compras, rebuçados, pudins e alguns bolos, e o mais engraçado é que encontrei por lá igualmente os nossos tradições fios de ovos, que hoje são uma especialidade tailândesa herdada dos tempos de Ayuttaya, onde os cozinheiro do reino eram portugueses.

Como disse havia por lá imensa gente e tivémos que aguardar na fila a nossa vez de fazer o pagamento.

Havia também uma loja de venda de produtos feitos nas aldeias e que tem sido uma grande saída, OTOP que quer dizer uma aldeia um produto onde fui encontrar umas embalagens que continham umas cápsulas, comprimidos, e que o seu rótulo dizia como poderão ver na foto abaixo inserida, serem umas ervas para senhora com a formula de se manterem sempre jovens.

Não as comprei como é óbvio pois as não havia para homens.
Havia igualmente outras ervas em capsulas, também para senhoras para aliviar os problemas da menopausa, como podem ver na foto a seguir.

Como podem ver na Tailândia encontra-se de tudo por mais esquisito que pareça.
Dali saímos, o tráfego esse era já intenso, mas um pouco mais à frente torná-mos a parar onde minha companheira foi comprar mais uns pudins para oferecer a algumas vizinhas nossas, pois estes, na loja onde foi, eram muito mais baratos.

Feitas as últimas compras então seguimos para a cidade de Pitsanulok sem mais paragens indo até ao centro comercial Big C, afim de ali almoçar-mos num dos muitos restaurantes existentes.
Tivémos sorte em encontar um parque vago e ali deixámos a viatura, por ser feriado havia imensa gente e o parque embora bem grande era pequeno para tantas viaturas.
Escolhemos a cadeia de restaurantes americana Chester Grill onde comemos uns saborosos pratos de galinha grelhada sem receio da gripe das aves.

Ainda comprei o jornal Bangkok Post e dois livros sobre budismo, saimos então do centro comercial e seguimos viagem com destino a Bangkok, à saída deste centro vi esta bela imagem em homenagem ao Rei, pela passagem dos seus 60 anos de reinado.

O resto da viagem teve que ser feira com mais moderação pois eram imensas as viaturas que seguiam igualmente para Bangkok.
À beira das estradas agora os vendedores expunham sal e peixe salgado e acenavam aos condutores convidando-os para ali adquirem alguns dos seus produtos.
Parámos ainda numa das muitas lojas de conveniência, na sua maioria os 7 Elevens, onde fomos comprar algumas bebidas e aproveitar para esvaziar a bexiga.

Foi assim calmamente que atravessámos de novo a ponte Rama VI e seguimos em direcção a Ding Daeng, por auto estrada aérea e dali para a nossa casa em Lat Prao onde naquela zona o trânsito era bem compacto e muito confuso, como sempre.
Felizmente chegados bem e a viatura portou-se a altura.
O passeio podia ter sido muito mais agradável se o tempo estivesse como em Bangkok solarento e sem vento, mas enfim, para a próxima viagem terei mais cuidado em ver a metereologia e escolher o local onde o sol irradie o seu calor.

2 comentários:

Daniel Teixeira disse...

Bom trabalho, amigo.

Continuação de boas viagens por essa terras que toda a gente gosta de conhecer.

Abraço

Daniel Teixeira

António Manuel Fontes Cambeta disse...

O meu muito obrigado Amigo Daniel, por suas gentins palavras.
Um óptimo fim de semana e já agora que passe um carnaval bem divertido.
Um abraço amigo